quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Tecnologias no cotidiano: Desafios à inclusão digital

As tecnologias em geral, das mais simples ás mais sofisticadas, ampliam o potencial humano, seja físico ou intelectual. As tecnologias empregadas com fim educacional colaboram nesse sentido, ampliando as possibilidades do professor ensinar e do aluno aprender. Da lousa e giz aos computadores ligados a internet, muitas são as tecnologias que, utilizadas adequadamente, podem auxiliar no processo educacional.
Com as novas necessidades em relação à educação o currículo deve ser repensado em um mundo globalizado, de maneira interdisciplinar, valorizando a inteligência como fruto de múltiplas competências. O professor deve assumir uma postura de mediador no acesso ao conhecimento e contribuir para que se estabeleçam relações significativas, que levem a outras patamares de conhecimento.
Com as transformações sociais e, consequentemente, das relações de trabalho, novas são as exigências em relação à educação. É preciso formar pessoas capazes de lidar com problemas a respeito dos quais ainda não se tem idéia, a lidar com o inesperado e com a incerteza. As mudanças salientam-se competências importantes para a sobrevivência em um novo tempo - entre outras características, destaca sete competências para uma participação produtiva na sociedade atual:
  • domínio da leitura e da escrita;
  • capacidade de fazer cálculos e resolver problemas;
  • capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações;
  • capacidade de compreender e atuar em seu entorno social;
  • capacidade para compreender criticamente os meio de comunicação;
  • capacidade de localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada;
  • capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo.
Os estímulos aos quais a sociedade é exposta impulsionam uma mudança no papel da escola e, com isso, a necessidade de romper com velhos paradigmas educacionais, centrados em currículos fragmentados, em memorização e transmissão de informações, e com a valorização de capacidade cognitivas individuais, valores pessoais e habilidades que favoreçam o trabalho em grupo assumem fundamental importância. A sociedade quer formar cidadãos atuantes em seu entorno social, com postura democrática, que saibam analisar os fatos e receber criticamente as informações. Para tanto, é preciso trabalhar o “conhecimento como um todo complexo”, construindo a partir de complexas interações do sujeito com outros sujeitos e com meio, respeitando as particularidades de cada um.
Em uma sociedade globalizada, interconectada por diversas tecnologias da informação e da comunicação, as competências destacadas nos códigos da modernidade são ao mesmo tempo estimuladas e colocadas à prova. Uma educação norteada pelo desenvolvimento de tais competências permitirá a formação de cidadãos mais atuantes, conscientes e produtivos.
Sabemos que as pessoas recebem, processam e apresentam as informações de maneiras diferentes, de acordo com seus estilos próprios de aprendizagem. Ao organizar espaços de aprendizagem, no mundo atual, é necessário considerar os estilos cognitivos e prover formas distintas de trabalho, com o intuito de motivar e envolver os sujeitos, de maneira participativas e responsável, em suas aprendizagens.
Perrenoud (2000, p. 125-139), em seu livro Dez novas competências para ensinar, afirma que uma das competências esperadas de uma professor na atualidade é “utilizar novas tecnologias”, referindo-se às ligadas à informática. Mas como fazer uso das novas tecnologias na educação? Quando se pensa em utilizar informática como recurso didático/pedagógico, logo surgem novas perguntas.
  • Que ambientes/sofwares serão utilizados?
  • Como explorar o potencial de cada um deles em atividades educativas?
  • Utilizar editores de textos, possibilitando um ir e vir entre o texto em construção e mesmo a elaboração de hipertextos;
  • explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos de ensino, tanto de softwares aplicativos de uso geral 9editores de texto, planilhas eletrônicas, bancos de dados...) quanto de softwares educativos;
  • comunicar-se a distancia por meio da telemática, ampliando o acesso as informações e o desenvolvimento de processos colaborativos;
  • utilizar as ferramentas multimídia no ensino, pelo amplo potencial que apresentam de auxiliar no processo cognitivo humano.
Além de conhecer diferentes ferramentas computacionais, é preciso saber como incorporá-las na educação.
As TIC demandam e, ao mesmo tempo, oportunizam uma mudança de paradigma que não concerne às tecnologias, mas às aprendizagens.
É possível utilizar ambientes informatizados para uma consulta qualificada bem como para oportunizar espaços em que o sujeito possa expressar suas idéias testá-las e repensá-las.

Nenhum comentário: