Teatro: para o dia das
mães
Personagens: Narrador:
Carlos Gabriel; Pai:Tião galinha: José Henrique, mãe: Ambrosina: Julia e
Vitória, filho- Gastão: Matheus Donizete, professora: Mariana, objeto detector
de mentiras: Rubens, homem que traz o objeto: Gabriel Conceição, crianças:
Muriel, Gabrielle e Kauane- Um filho na barriga e outro no colo
Narrador: A história
começa contando sobre a vida de Tião Galinha que era chamado assim , porque vendia frango na
feira e Ambrosina que era conhecida na região como uma mulher muito dedicada e trabalhadora. A
família era de classe baixa , por isso, Ambrosina tinha que trabalhar muito
para ajudar o marido no sustento da casa. Apesar de seus oito filhos ela
conseguia cumprir com seu papel de esposa e mãe.
Ambrosina acordava cedo chamava Tião e as crianças para
tomar café:
Ambrosina:(entra com um
bebê e uma vassoura na mão). Eita minino tão dormino essi povu. Acorda Tião vai
trabaia homi.
Tião: qui muié , pra
que esse avechamento todo, num viu qui acordu às 7?
Ambrosina: As galinha
já acordo primeiro qui tu i tu ainda tá durmino?
Tião: Qui diabu dessa
muié qui acorda a gente logu cedu, eu lá queru sabe di galinha diabu da peste.
Ambrosina: ( acorda
todos os berros)acorda cambada .
Crianças: elas saem
chorando e espreguiçando, coçando a cabeça.
Tião: (grita)
Ambrosina, cadê minha butina?
Ambrosina: Eu lá queru
sabe di butina homi.
Tião: a minha nossa
senhora dus sapatos perdidos, to enrolado agora.
Narrador: Toda essa
correria e Ambrosina dava conta de suas tarefas e ainda saia cedo para
trabalhar e voltava meio-dia para preparar almoço das crianças e do Tião.
Entra todo mundo:
correndo e fazendo bagunça e pedindo comida desesperadamente.
Ambrosina: Eita essi povu tá tudu morreno de fome calma fio da
muléstia. Gastão?
Gastão: ( gritando) qui
é?
Ambrosina( gritando)
traz já a caçarola pa modi eu ponha a cumida pro seu pai. Anda minino.
Gastão: a garrafinha?
Ambrosina: qui é mininu
a caçarolinha.
Gastão: Não mainha a
caçarolinha butei no armário.
Tião: reclama
Ambrosina: achei , eita
o homi tá desmanchano di fomi.
Ambrosina: ( gritando)
Gastão.
Gastão: Qui é mainha?
Ambrosina: vá levá a
caçarola pru seu pai, ele tem qui trabaia.
Enquanto isso as
crianças começam a bagunçar bastante e jogar as coisas, gritar.
Nesse momento Ambrosina
começa a lavar a louça e reclamar: eu coloquei uma coisa na minha cabeça: eu
não vou mais falar com voceis, porque a gente fala a mesma coisa e voceis torna
a fazê di novu, sabe o que que eu vou fazê não vou fala mais. A gente se mata
pra cuidar de umas crianças dessas e as crianças fica fazeno isso com a gente,
isso devia ser crime. Não vo fala mais nada não, porque voceis só vão dá valor
o dia em que eu tiver morta embaixo da terra, porque o que voceis tão fazenu é
mi mata, vocês vão vê. Purque eu só to juntano( batendo as mãos) porque quando
eu pega pá bate num tem juiz qui mi sigure, num vô falá mais nada não. Purque
eu só tenhu uma coisa pá fala pra vocês istudem, istudem, purque eu num istudei
e to aqui com os seis fi, purque eu perdi uma vida intera pá cuidá di voceis e voceis num dão valor. Maldita hora
qui conheci o pai de voceis, mas isso num vai continua assim,vai te uma hora
qui eu vo sumi dessa casa e quando eu sumi voceis não vão mi encontra, voceis
incuta o que eu to falano, Sô otária purque eu façu tudo por voceis e voceis
não me dão valor, essa louça aqui? Custa? Purque quem era pra ta lavano essa loça
aqui era voceis, purque eu trabaio o dia intero, saio as seis hora da tarde e chegu aqui agora e essa loça,
eu não sô empregada de vocês. Vocês vão vê, mas num vô fala mais nada não.
Gastão:( gritando)
Mainha.
Ambrosina: Qui é diabu
da muléstia.
Gastão: A minha
professora.
Ambrosina: Oi , vixi é
gente chique ( e se arruma no espelho)
Professora: Oi tudo bem
D. Ambrosina?
Ambrosina: Tudo bem
fessora.
Professora: Eu vim aqui
para dizer que seu filho mais velho está faltando demais na escola.
Ambrosina: O que
fessora? Essi muleque sai de casa todo dia e fica ondi esse diabo da peste?
Professora: Bom mãe ,
não sei, mas tenho uma proposta para a senhora, vim trazer um novo aparelho que
se chama detector de mentiras, quando a pessoa fala a verdade ele fica quieto,
quando fala mentira ele se mexe. A senhora tem interesse em ficar? Custa pouco
e com ele a senhora pode descobrir se seus filhos falam a verdade ou não.
Ambrosina: Quero sim
fessora,a senhora parcela igual as Casas Bahia em 18 parcelas?
Professora: Sim fica
sossegada, a senhora para do jeito que puder.
Entra um rapaz com uma
pessoa embrulhada igual uma múmia.
Professora: Está aqui
D. Ambrosina, espero que a senhora faça bom uso desse aparelho. Até mais.
Ambrosina: Té mais
fessora.( aos berros ela chama Gastão).
Gastãooooo.
Gastão: Qui é mainha?
Ambrosina: Venha cá.
Gastão, você foi a iscola hoje?
Gastão: Fui mainha.
O objeto se mexe.
Ambrosina: Num menti
diabo da peste.
Gastão: Fui sim mainha
até fiz prova de Matemática.
O objeto se mexe
rápido.
Ambrosina: Tu tá
mintino seu pestiado.
Gastão: Tô não mainha.
O objeto se mexe.
Ambrosina: Tá sim , cê vai
fica di castigo uma semana sem assisti TV e joga bola. Já falei que voceis tem
que segui meu exemplo de quando eu era criança, uma menina boa ( objeto mexe),
educada( objeto mexe), qui nunca fartava na iscola( objeto mexe
enlouquecidamente) que respeitava todos os professores e fazia toda a lição de
casa( objeto mexe tanto que cai).
Nesse momento entra o
narrador:
Esse é o
retrato de muitas mães, muitas Marias que vivem em nosso país. Mães que
trabalham em casa e fora para auxiliar no sustento de casa, muitas que fazem o
papel de pai e mãe, que sofre com cada lágrima de um filho, que sorri com cada
vitória. Mãe, obrigado por todos momentos dedicados
a mim, pelas palavras, pelos conselhos, pelo amor, pela honestidade, pelo
afeto, pela amizade. Te amo infinitamente. Feliz dia das mães.
Música: Maria, Maria e entra as mães dos alunos da sala ou
os alunos representando, as professoras,
as médicas, as bombeiras, etc.
Todos os participantes do teatro dão as mãos
em agradecimento.
Obs; Ver trilha sonora
para as pausas do teatro.
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