A ESCULTURA ROMANA
Mesmo sendo grandes
admiradores da arte grega, os romanos conseguiram desenvolver um estilo
próprio. Eram mais realistas e práticos, suas esculturas são em geral uma
representação das pessoas, não procuraram idealizar a beleza, como os gregos
fizeram. Eles procuraram representar os traços característicos do retrato.
Estátua do primeiro imperador romano,
Augusto,
feita por volta de 19 a.C.
O escultor usou como
referência o Doríforo, de Policleto (escultura grega), no
entanto, adaptou ao gosto romano, procurando realçar as feições reais de
Augusto e vestindo-o com uma couraça e uma capa romana.²
Os romanos tinham em casa
máscaras mortuárias, feitas em cera, dos ancestrais. Essas imagens realísticas
eram moldes totalmente factuais das feições dos falecidos, e essa tradição
influenciou os escultores romanos.¹
Exceção a essa tradição era
a produção em série de bustos, semelhantes a deuses, de imperadores, políticos
e líderes militares, dispostos nos prédios públicos de toda a Europa,
reafirmando uma presença política a milhares de quilômetros de Roma.
CURIOSIDADE INTERESSANTE A monocromia das estátuas
clássicas tornou-se para nós sinônimo de bom gosto estético; porém, elas eram,
originalmente, coloridas, mas os pigmentos aplicados sobre o mármore não
resistiram à ação do tempo. Os arqueólogos e outros especialistas dedicaram-se
a vários estudos, para conseguirem chegar às cores originais, lançando mão de
modernos equipamentos que permitiram detectar fragmentos dos pigmentos.²
O resultado desse trabalho
foi a público em 2004, numa exposição organizada pelo Museu Vaticano, em Roma. Na ocasião, foram
exibidas réplicas coloridas de importantes obras da Antiguidade, como a
escultura Augusto de Prima Porta, escolhida para o cartaz de divulgação
da exposição.²
A coluna de Trajano
(106-113 d.C.)
A coluna de Trajano
(106-113 d.C.) é o mais ambicioso desses monumentos. Mostra um relevo
envolvendo a coluna em mais de duzentos metros de espiral ininterrupta,
comemorando massacres em mais de 150 cenas.
AS OBRAS PÚBLICAS
Com grande espírito prático, os romanos
construíram casas, templos, termas, aquedutos, mercados e edifícios
governamentais. Um exemplo é o aqueduto, conhecido por Le Pont du Gard.
Aqueduto Romano
Erguido no século I
a.C., esse aqueduto de 50
quilômetros de extensão conduzia água até Nîmes, cidade
que hoje pertence à França. A parte dessa obra que mais chama a atenção é a
ponte sobre o rio Gardon: com 48,77 metros de altura, três ordens de arcos,
ela está apoiada em pilares cravados nas rochas. Um aspecto de grande beleza da
construção são os arcos que criam as áreas vazadas, as quais dão leveza à ponte
e contrastam com a solidez e a imponência que uma obra de engenharia do Império
Romano deveria ter.¹
http://lealuciaarte.blogspot.com.br/2013_01_22_archive.html
OS TEMPLOS ROMANOS
Os templos romanos eram construídos num plano mais elevado, de modo que a
entrada só era alcançada por uma escadaria, construída diante da fachada
principal. O pórtico e a escadaria tornavam a fachada principal bem distinta
das laterais e do fundo do edifício. Acrescentaram, também, aos seus templos os
peristilos.
Vista externa da
Maison Carré (16 a.C.),
em Nîmes, França
(localizado na cidade francesa de Nîmes, construído durante o Império
Romano entre 19 e 16 a.C., na época do Imperador Augusto)
(localizado na cidade francesa de Nîmes, construído durante o Império
Romano entre 19 e 16 a.C., na época do Imperador Augusto)
Em relação às colunas, os romanos adotaram
as ordens gregas, mas acrescentaram mais duas novas ordens: a toscana (forma
mais simplificada da dórica, sem estrias no fuste) e a compósita (forma
enriquecida da Coríntia, com mistura de elementos jônicos e coríntios).
Diferente dos templos gregos, os templos romanos procuravam
criar espaços interiores. Um exemplo dessa diferença é o Panteão, construído em
Roma durante o reinado do imperador Adriano.
Interior do Panteão
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A ARQUITETURA DO TEATRO
Os romanos, diferente dos gregos,
conseguiram construir edifícios mais amplos, destinados a abrigar muitos
espectadores, graças ao uso de arcos e abóbadas. Assim, construíram os
anfiteatros. O auditório era destinado ao público.
A possibilidade de construir os edifícios em qualquer lugar deu aos romanos a
liberdade de construção que favorecia a espetáculos, como as lutas de
gladiadores, que podiam ser vista de qualquer ângulo. Em um espaço central
elíptico, onde se dava o espetáculo e era circundado pela arquibancada, com
grande número de fileiras. Um exemplo disso é o Coliseu.
O coliseu era ornamentado com esculturas que
ficavam dentro dos arcos e por três ordens de colunas gregas, que não tinham a
função de sustentar a construção, mas apenas de ornamenta-la.
Pinturas
da Vila dos Mistérios (50 a.C.),
em Pompéia.
Um célebre representante do Segundo Estilo, embora atípico pela presença
dominante da figura humana, está no triclinium da Villa dos Mistérios,
em Pompeia,
uma admirável série de cenas com pessoas em escala natural colocadas contra um
panorama arquitetônico que se assemelha a um cenário de teatro. As cenas
têm uma interpretação controversa, pode ser que retratem os ritos de iniciação
nos Mistérios
de Dionísio
e/ou ordálios
pré-nupciais. Apesar de fortemente figurativo, a influência arquitetônica
reminiscente do estilo anterior se revela no próprio modelado estatuesco das
figuras, com um desenho seguro e de alta qualidade, mas um tanto rígido,
acentuando seu caráter monumental e racionalmente organizado. O conjunto é dinamizado
pelo colorido vibrante e pela variedade de atitudes das figuras.7
1
A fase tardia do Segundo Estilo, a partir de c. 40-30 a.C., procede em direção a
uma simplificação, evitando a ostentação do luxo em favor de ambientes mais
sóbrios, adequando-se à austeridade do governo de Augusto, não sem
o protesto de alguns como Vitrúvio, que deplorava a substituição da sólida arquitetura
anterior por modelos mais elegantes e leves, que incorporam formas animais,
vegetais e figuras humanas, junto com arabescos, panóplias e ornamentos de
caráter abstrato, miniaturizado e fantasioso, o que sugere influência oriental.
Os afrescos da Villa da Farnesina e da Villa de Livia em Roma são dos últimos exemplos
do Segundo Estilo, já numa transição para a fase seguinte.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_da_Roma_Antiga
¹Strickland,
Carol. Arte Comentada: da Pré-história ao Pós-moderno. Editora: Ediouro, 1999
²Proença,
Graça. História da Arte. São Paulo. Ed. Ática. 17ª edição, 2007
³Beckett,
Wendy. A História da Pintura. São Paulo: Editora Ática. 1997.
Alunos do 6º Ano A e B da Escola Estadual Manoel da Costa Lima
Confeccionaram cartazes sobre as obras estudas.
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